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sexta-feira, agosto 22

a A 

Eu vejo-o da minha janela. A esta hora ele controla, e sabe quando aparecem as peças em cena, o silêncio é dele, e quando aparecem as novas deixas, ficará ali imóvel, sempre com o tubo do aspirador na mão, haja ou não pó, haja ou não palavras. Depois eu vou pé ante pé e levanto a aba do lençol, tateando na incerteza, ao de leve, ainda assim ela faz perguntas coerentes com os olhos do sono. O aspirador é muito silencioso.

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