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terça-feira, junho 1

A incerteza dos ovos 

Li num suplemento especial do jornal "As Beiras" (salvo erro de 28/5/04), a propósito da inauguração da Ponte Rainha Santa, que vão ser gastos nos anos mais próximos 200 milhões de euros nas novas infraestruturas viárias de Coimbra. Circulares, 3 pontes (contando com a Ponte Rainha Santa), muitos quilómetros com 4 faixas, tudo à volta de Coimbra, até 2006. A lista de obras era enorme, pois 200 milhões é muito dinheiro.

Acho óptimo tanta fartura, não me interpretem mal, mas não pude deixar de reparar que este investimento em infraestruturas rodoviárias representa um desinvestimento efectivo nos seus concorrentes, nomeadamente na ferrovia, mas também nos restantes transportes públicos, até nos rodoviários, uma vez que as pessoas vão ter mais razões para andar de carro. Com o tempo, desabituam-se de andar nos transportes colectivos, compram mais carros e mais tarde as novas vias começam a entupir-se. É conhecido, não é nada de novo.

Gostaria de saber quanto se vai investir nos transportes alternativos à rodovia em Coimbra até 2006. Compensará o desinvestimento efectivo? Estaremos a pôr os ovos todos no mesmo cesto, desprezando as soluções mais racionais e ambientalmente mais desejáveis mas mais difíceis de implementar?

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