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sexta-feira, julho 29

Que lindo serviço, Público! 

Antes, quando podia aceder ao conteúdo do jornal Público de graça, comprava-o e lia-o mais vezes do que agora. Dei conta disso hoje, quando reparei que há já vários meses não lia o Miguel Sousa Tavares na edição de 6a feira. Li-o hoje, porque não sei porquê deu-me para comprar o Público, algo que pelos vistos já não fazia há muito tempo. Antes comprava-o todas as 6as feiras, agora quase nunca, é o que constato.

Antes, podia comentar notícias ou artigos e deixar o link para o texto completo delas aqui no blogue. Assim as pessoas podiam ver ao que me estava a referir, o meu post ficava mais conciso e a leitura facilitada. Agora, que me apetecia comentar o infeliz artigo de Miguel Sousa Tavares de hoje, não o vou fazer pois sei que vou estar a falar de coisas a que as pessoas não têm acesso, o que me obriga a citar cortando partes do texto que cito, logo a deturpá-lo, para além de ter de resumir por palavras minhas o que está no artigo do MST.

Assim, gradualmente, os artigos do Público deixam de ser discutidos, citados, "linkados". Assim se vê um jornal de referência perder influência no espaço das ideias, ao mesmo tempo que se empobrece a discussão de temas da nossa sociedade, tornando mais opaca e enviesada a sua análise.

Para que conste, gostaria de ter comentado alguns argumentos de MST no seu mau artigo "Um aeroporto para Coimbra". O meu post de resposta até já tinha título, chamar-se-ia "Um aeroporto para Miguel Sousa Tavares". Mas não vale a pena o trabalho de o escrever, quando quase ninguém iria ter acesso ao texto completo que estava a ser críticado.

Aceito que um jornal tenha o direito de limitar o acesso ao seu conteúdo, mas é uma pena que assim seja, porque acaba por limitar muitas outras coisas, entre as quais a liberdade de expressão. (Desculpem o desabafo.)

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