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domingo, abril 5

Aporias da Justiça: uma comparação paradoxal 

Vou em seguida fazer um exercício de estilo. Mostrar algumas pontas de uma manta com demasiados retalhos. Não vale a pena argumentar contra o que vou escrever. Já sei que não tenho razão e que se trata de coisas que são diferentes. Certo, mas os factos falam por si...

Eu não gosto particularmente do futebol, mas com base nos processos que têm sido noticiados recentemente ocorreu-me que quase parece que a justiça desportiva é, e tem sido, mais eficaz que a outra, a que deveria ser visível, célere e justa. Se não vejamos: Qualquer jogador que falte ao respeito ao árbitro, mesmo se vítima de grande injustiça, recebe um castigo. Já uma autarca arguida pode fugir para o Brasil impunemente, outro pode dizer que é perseguido pelo Ministério Público, que parecem ser logo desculpados. Um dirigente desportivo é condenado pelas instituições desportivas, mas ilibado pelos tribunais. O testemunho e as provas são as mesmas, mas a testemunha foi desvalorizada por ser incoerente. No entanto, processos há que se arrastam há anos apenas com base em testemunhos e todas as incoerências parecem ser desculpadas. A justiça que deveria ser visível, célere e justa demora anos enquanto a outra é feita ali mesmo no jogo, quando muito alguns meses depois. Sei que não tem nada a ver, mas dá que pensar, ou talvez não. Melhor seria escrever um tratado com contenas de páginas e, sobretudo, citar em alemão...

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