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sábado, julho 4

Pare, SCUT, olhe 

Continuo a associar ideias e resistências em paralelo e ponho-me a pensar: se uma auto-estrada sem portagens (uma SCUT, como a A29) tem o poder de retirar tráfego a uma auto-estrada paralela com portagens (como a A1 – ver post anterior), será que também tem o poder de reduzir a utilização do comboio?

Por exemplo, uma viagem Coimbra-Porto-Coimbra fica mais barata se se for de carro ou de comboio?

De comboio, a viagem custa 21€ (Intercidades) ou 30€ (Alfa).

De carro
, custa 17€ de gasolina (17 € = 230 km x 1.345 €/litro x 5.5litros/100km no meu carro) mais as portagens, que ficam a 12.9€ se se for sempre pela A1 ou, optando pela SCUT, apenas 8,1€, 6,1€ ou até 0,75€. Suponhamos que pago 6,1€ de portagem e 17€ de gasolina: a viagem fica por 23,1€, o que é praticamente o mesmo que ir de Intercidades e bastante mais barato do que ir de Alfa.

Se o condutor viajar acompanhado, a diferença aumenta dramaticamente:

Nº de passageiros:    1        2      ...      5

Carro (SCUT) 23,1€ 23,1€ ... 23,1€
Comboio (IC) 21,0€ 42,0€ ... 105,0€
Comboio (Alfa) 30,0€ 60,0€ ... 150,0€
(o TGV será certamente mais caro do que o Alfa...)

Ou seja, se uma família de Coimbra for passar o dia ao Porto, o que poupa por usar o carro dá para pagar almoços e jantares e ainda para fazer umas boas compras…

Obviamente que o preço não é o único factor na escolha do meio de transporte, mas com argumentos destes não há costela ecológica que resista... A triste conclusão que tiro é que as SCUT matam por completo o comboio, neste trajecto e provavelmente em muitos outros, e não deveria ser assim.

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