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terça-feira, fevereiro 16

Conceitos interessantes: energia (conservação) 

Não é a primeira vez que abordo a aplicação de conceitos de física em áreas que lhe são afastadas. Cá volto eu, arriscando pisar terrenos que me são completamente alheios.
Uma das leis mais queridas dos físicos é a de conservação da energia. De tal forma é importante que acepções que a violem não merecem grande respeito. Mas se por um lado o seu enunciado é fácil, quer na declaração quer na compreensão, já a explicação do conceito de energia engasga os mais descuidados com frequência. Daí ser mais simples o recurso às formas de energia como a cinética, térmica, luminosa, etc. Diz-se, pois, que num processo a energia pode mudar de forma mas a sua "contabilidade" permanece constante, que é o mesmo dizer, que não há criação nem supressão de energia.
Habituado que estou a pensar nestes termos descubro frequentemente que tendo a aplicar este conceito para outras áreas do conhecimento, sendo um deles a economia. Se a sua aplicação é válida é um assunto deveras interessante que já tive oportunidade de debater com quem pensava de forma contrária, o que me permitiu corrigir e melhorar (?) alguns aspectos do meu pensamento. Continuo sem saber se é correcto pensar desta forma, mas para já contento-me com a capacidade que esta base me empresta para equacionar problemas novos para mim.
Suponhamos que enunciávamos um principio de conservação da "riqueza" em que reconhecíamos como formas concretas (?) da mesma o dinheiro, o trabalho, as instalações, a matéria prima, etc. E como formas mais abstractas por exemplo o talento, a inovação e a confiança. Junte-se-lhe outras formas se for necessário (corrupção?). O interessante é agora pensar que num processo económico existe transformação das formas, o que até parece óbvio. Mas, acima de tudo, o que um principio de conservação impõe é que não pode haver criação de riqueza (a partir do nada).
Desta forma posso agora usar outros conceitos igualmente interessantes, como por exemplo a potência (energia por unidade de tempo), a eficiência (relação entre a energia útil e a energia total), a energia dissipada e fazer questões bastante bizarras.
Qual é a potência de uma empresa? E qual é a sua eficiência? A energia dissipada deve-se a que factores?
Variar a escala torna-se assim mais simples uma vez que a conservação é invariante a esse factor. Daí que podemos explorar "a coisa" em termos de Estado. Uma das coisas que eu gostava de saber é qual a potência máxima que o Serviço Nacional de Saúde consegue debitar? É menor ou maior do que é necessário? Qual é a eficiência da Administração Nacional? É possível identificar um factor como o responsável da maioria da energia dissipada na Justiça? São imensas as perguntas que eu gostava de ver respondidas e tendo uma métrica e uma teoria (não há nada mais prático do que uma boa teoria) torna-se evidente o caminho.

Mas enfim, o que eu gostava de saber ab initio é o que é possível fazer (energia útil) a um Estado que tem uma determinada riqueza (energia total)!

Imagem obtida em: http://www.dec.ufcg.edu.br/saneamento/Image151.gif

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